Atividade utilizando o Audacity

Recursos Tecnológicos na Educação

Escola de Música da UFRN

        

        Atividade utilizando o Audacity

        

        O objetivo da atividade proposta era o de compor, editar, ou adicionar conteúdos sonoros extras na música que o estudante escolhesse (sons da natureza, sons de explosões, vozes, outras músicas e etc.), utilizando para isso, os recursos disponíveis no programa Audacity. 

        

        Confira o resultado do trabalho logo abaixo:

Wine Merewá

        

        Os recursos utilizados foram: Copiar, Colar, Cortar, Duplicar um trecho de um áudio, Sobrepor trechos com outro áudio, Mudar o tom de uma melodia e Fade out no final.

         Foram utilizados 3 músicas diferentes, no início podemos ouvir um trecho da flauta indígena do Povo Nambikwara - MT/RO música chamada de Festa da Flauta, em seguida podemos ouvir o canto indígena do Povo Paiter Suruí - RO canto intitulado de Wine Merewá - caso queira saber mais sobre o povo indígena Paiter Suruí clica aqui que eu te mostro em minha postagem anterior-, e por último podemos ouvir uma flauta árabe, música nomeada de Istanbulda Sabah/Morning in Istanbul.

  

        O que é o Audacity?

        

        É um software livre de edição digital de áudio disponível principalmente nas plataformas Windows, Linux e Mac como também em outros sistemas operacionais. O Audacity é muito popular entre os podcasters ( podcasting: forma de publicação de arquivos de mídia digital) pelos seus recursos de edição, sua grande disponibilidade em múltiplas plataformas, suporte e licença aberta que permite o programa ser gratuito.

        Recursos do Audacity

> Importação e exportação em formato WAV, MP3 (via LAME, copiado separadamente), OGG Vorbis e outros.

> Gravação e reprodução de sons.

> Edição simplificada como Cortar, Copiar, Colar e Apagar.

> "Desfazer" ilimitado em qualquer passo.

> Mixagem em múltiplas faixas.

> Efeitos digitais de som e mais plug-ins de efeitos (pode-se criar novos plug-ins com a linguagem Nyquist).

> Edição de amplitude sonora em formato envelope.

> Remoção de ruídos.

> Suporte para modo multicanal, com taxa de amostragem de até 96kHz e 24 bits por amostra.

> Habilidade de alterar a velocidade do som, sem alterar sua altura, para sincronização perfeita com vídeos (em dublagens).

> Nivelador.

> Remoção de estalidos.

> Inverter áudio.

> Compressor.

> Equalizador.

> Taxa de projeto de até 384000 Hz.

> Dentre outras várias funções.

        

       

Povo Indígena Paiter Suruí

        Os Paiter Suruí são originários dos estados de Rondônia e Mato Grosso, se auto denominam "Paiter" que significa "O povo verdadeiro, nós mesmos", no entanto, "Suruí" é o nome mais conhecido desse povo, dado por antropólogos, portanto são chamados de Paiter Suruí. Falam a língua paiter-suruí, que pertence a família linguística mondé e ao grupo linguístico tupi.

      Vivem na região do Guaporé, atual Rondônia, na terra indígena Sete de Setembro (25 aldeias) que se localiza nos municípios de Cacoal, em Rondônia e de Aripuanã, em Mato Grosso, sua terra é banhada pela bacia do rio Branco, afluente do rio Roosevelt e que se forma a partir da junção dos rios Sete de Setembro e Fortuninha. Os principais afluentes do rio Branco que drenam a área são o Ribeirão Grande, rio Fortuninha e o Fortuna, na margem direita, na margem esquerda há os rios Igapó (nomeado pelos Paiter), rio São Gabriel e outros sem denominação.

          O primeiro registro de contato com o homem branco aconteceu em 1969 trazendo também com eles as doenças, o alcoolismo e outros males que reduziram a população da tribo de quase 5.000 para pouco mais de 250 indígenas, a população de hoje está em torno de 1.350 pessoas, são divididos em 4 clãs: Gameb, Gãbgir, Makor e Kaban. Segundo os índios, a reserva é alvo de madeireiras (este é também um dos vários problemas que rodeiam praticamente todas as tribos indígenas do Brasil), por causa disto os Paiter Surui tem utilizado a internet para denunciar o avanço absurdo do desmatamento.

         Os Paiter Suruí sobrevivem da caça, pesca, da coleta de produtos da floresta e da agricultura. Os homens são responsáveis pela caça e pela preparação do terreno para as lavouras, as mulheres cuidam das crianças, cozinham e fazem cerâmicas cestarias, ambos os sexos plantam e pescam. Apesar das pressões que sofrem por parte dos não-índios, que têm contribuído para diversas mudanças no grupo, os Paiter ainda mantêm muito das suas tradições, tanto no que diz respeito a cultura material, quanto aos aspectos "cosmológicos" que se relacionam com a cultura de outros grupos mondés.

A Música dos Paiter Surui

         Os Paiter Suruí são conhecidos como um povo cantor e contador de histórias. O principal instrumento deles é a própria voz, gostam de inventar músicas para várias situações: quando vão construir ocas, casas, pescar no rio, pegar coquinho na mata, caçar, quando querem assustar as crianças ou celebrar rituais. Algumas de suas melodias vocais são bastantes dissonantes, é comum ouvirmos uma 2° menor em suas melodias vocais, você poderá ouvir algumas de suas canções neste vídeo aqui . Wine Merewá é uma das minhas preferidas.

Curiosidades

         # Os Paiter Suruí costumam se comunicar na floresta por meio de assovios, como se fosse um código morse indígena.

        # Em 2008, Joaton Suruí, professor de uma escola indígena da região, recebeu dois prêmios importantes, um da Fundação Victor Civita e outro do Ministério da Educação, em reconhecimento ao projeto que fazia em sala de aula. Joaton trabalhava com os alunos as histórias que costumava gravar na aldeia onde vivia, sempre narradas pelo pai.

         # As histórias e canções dos Paiter Suruí costumam se referir a seres fantásticos que descem do céu pela escada-cipó para curar as pessoas das aldeias. 

REFERÊNCIAS

PUCCI, Magda; ALMEIDA, Berenice de. A Floresta Canta: Uma expedição sonora por terras indígenas do Brasil. 2. ed. São Paulo: Peirópolis, 2014. 72 p.

WIKIPEDIA, Suruí de Rondônia. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Suruí_de_Rondônia>. Acesso em 16 de novembro de 2015.